segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Às vezes

É que às vezes, só às vezes, penso que se não te amasse alguma coisa poderia ser mais fácil.
Confesso que às vezes, mas só às vezes, me bate no coração um aperto que julgo ser causado por tanto amor.
É que pesa te carregar. Te apresentar diante do Pai. Interceder.

Mas é que aprendi a amar.
Ama-lo no melhor do ano. No pior da semana.
A questão é que não escolhi amar um ideal projetado durante cinco dias.
Fui apresentada a uma realidade que, sinceramente, não gosto muito. Mas compreendo, e respeito.
E continuo a te amar. 

Mesmo em roupas sujas, cabelos bagunçados, um buraco no estômago.
Seus pés já estão descalços há algum tempo.
O anel já foi dado como penhor em alguma loja de esquina.
Só que eu amo o chamado que há em você.
Amo o caráter que se esconde sob essa roupagem que não lhe serve.

Vi o que jamais imaginei ver.
Descobri uma faceta que pensei nunca ter passado diante dos seus olhos.
E acredito que por isso, a decisão de amar é tão especial.
Por saber o que sei e ainda escolher amar.

Não fique zangado, é só às vezes.
Mas essa ideia nunca dura mais do que cinco segundos.
Porque não te amar não faz mais sentido.
Ainda que seja pra eu te entregar pronto para outro alguém cuidar de você.
Te amo, e não preciso dizer até quando! 

Sua sempre,

Rachel=)

sábado, 22 de outubro de 2011

Escolher amar

Se eu, humana e imperfeita, posso escolher amar incondicionalmente, quanto mais o Pai Celeste não nos dará maior segurança de Seu Amor e Seu Perdão??

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O que estou lendo

Estou lendo este livro pela segunda vez, e continuo estarrecida com as grandes verdades nele reveladas.


A vida de Deus em nós é tudo que deveríamos buscar, e não a institucionalização de um projeto divino ou o sistema do poder.


Indico, veementemente, a leitura deste livro!! A Igreja precisa tirar de seu coração a culpa de não concordar, os Filhos precisam encontrar um refúgio somente  no coração do Pai, e não no sistema falido que nos empurra, mais e mais, para a acomodação em um lugar de inconformismo.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sutileza

Ouvi pessoas andando e correndo atrás de mim o dia todo.
Mas nenhum passo me vez virar.
Pra quê? Já tinha corrido aquela maratona antes. E cá estava eu de novo, sentada na beira da calçada, tomando meu refrigerante imaginário, acreditando que, de alguma forma, aquilo se transformaria em algum benefício no meu organismo.

Se eu contar que até Ele veio e, ainda assim, de teimosa que sou, não olhei, vocês nem acreditariam, né?
Mas eu fiz. De novo. E de novo. 
Recusei-me a vê-lo  mesmo ouvindo-o.
Insisti em pisar errado no meio da corrida, sob o "forte argumento" de que Ele já me vira correndo antes e tropeçando antes. Ele não precisava de mais uma demostração da minha falta de habilidade em corridas de longa distância.

Meu treinador é especial.
Ele é gentil e educado, sutil e extremamente eficaz.
Ele já aprendeu a lidar comigo (afinal, me viu antes de nascer). Ele sabe como eu reajo a um confronto direto. Ele sempre preferiu as entrelinhas, os sinais.
E dessa vez não foi diferente.

Sentada na beira da calçada, negando-me a obedecê-lo, Ele simplesmente me deixou ali.
Não porque Ele desistira. Ele jamais desiste, vai por mim.
É que ele viu o carrinho de água vindo em minha direção.
Ele não impediu que aquele motorista desgovernado batesse em mim e derramasse toda aquela água gelada em mim.
Ele só acertou as coisas para que eu saísse ilesa.
Fisicamente intocada, a não ser pelo banho gelado.
O mesmo não se pode dizer do meu coração.

Com um só golpe, Ele conseguiu mover a teimosia que me impedia de correr.
Aquela estratégia serviu como nenhuma outra para me fazer ver o quanto Ele ainda me ama.
Seu cuidado não impediu o acidente, mas garantiu a integridade e, principalmente, a decisão de continuar.
Calçar o tênis depois de ter tirado, após um longo trecho de caminhada, não é nada fácil.
O pé já está inchado. Já há calos. Se não, bolhinhas na planta do pé.
Mas a corrida não terminou.
E se eu ouvir as sugestões e as ordens de pise direito, eu sei que chego.
Mas, treinador, por favor, não me deixe correr sozinha.

Abraços

Sua sempre, Rachel=)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Do jeitinho dEle

Deus tem um jeito único de lidar comigo.
Ele me conhece bem, 
e por isso sabe que não adianta dar uma surra para depois falar.
Deus é sutil, educado. 
Pequenas ideias que logo se transformam em grandes incômodos,
 até que fica impossível resisti ao seu chamado, à sua voz..
Deus tem um jeitinho que só Ele sabe como fazer 
para me trazer para perto dEle.
E isso me faz querer amá-lO ainda mais!!!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Segredos na mesa

Se tem algo que valorizo, que admiro, é um toque de mistério.
Nada muito na cara tem graça.
Vale a pena investir, camuflar, instigar.

Segredos na mesa devem permanecer entre amigos e amantes.
Nunca se desvendar por completo.
Jamais permitir-se ser descoberto por inteiro.

Talvez por isso que eu ame a ideia de um véu quando for noiva.
Um toque de fantasia, um toque de doçura, um toque secreto.

Quando pensei nesse post tinha algo pra contar, mas, nem me lembro mais o que era.
Mas acho que aí é que tá, segredos na mesa.
Ah, e um t.a.s., ainda que você não entenda.

Sua sempre,


Rachel=)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Viver é descobrir

Ninguém é quem pensamos ser; não completamente.
Às vezes são, mas não são tudo aquilo, ou são mais do que pensamos.
Pessoas mentem, escondem, frustram, decepcionam.
Pessoas surpreendem, maravillham e amam.
Sempre estamos descobrindo algo novo, e é aí que reside a beleza da vida.

Por vezes, sei que conheço muito bem alguém.
Parece até que conheço melhor do que ela mesma.
Mas, quando percebo, por mais que eu conheça, ainda existe um lado oculto, que, quando se revela, gera um sentimento totalmente imprevisível.

E nos coloca em uma situação única: decidir o que fazer com a descoberta!
Hoje, posso dizer que, porque sei o que sei, é que a decisão de continuar amando se torna tão especial.
Quando o castelo de cristal desmorona, se o que sobra ainda reluz, é porque vale a pena conhecer a estrutura.

Como já tenho dito, a vida não é feita de um momento, uma decisão.
Crescer em aprender a amar é a melhor solução para ver além.
Muitos nos decepcionaram, mas se vamos viver a mágoa dessa decepção, dependerá somente de nós.
Muitos nos surpreende, mas isso certamente, não representa uma realidade completa.
Viver é descobrir.
E descobrir é decidir.
Decidir deixar.
Decidir entender.
Decidir amar.
E eu decidi.
E não vou a lugar algum.

Sua sempre, 

Rachel=)